sexta-feira, 30 de julho de 2010

O caso da bala soft


Quem não tem um caso de engasgamento com as balas soft que levante a mão!? Se você for um adolescente, vá catar Clorets! Porque as pessoas perto da minha faixa (de Gaza) etária, sabem do que estou falando.
Numa bela tarde ensolarada, eu, mamãe e minha irmãzinha fomos a um parque na horrível cidade de Lages (SC). As atenções maternas eram 90% para a maninha, que tinha dois anos, e eu, seis. Diante do desprezo da atenção de mamis e o ciúme encravado na alma, resolvi brincar no balanço. Mamãe deve ter percebido meu isolamento e para agradar, tirou da bolsa um saco com as coloridas balas soft. Tirei uma vermelha, isso eu lembro nitidamente.
No balançar, conheci uma menina. Débora. Cabelos longos, loiros e lisos e de casaco vermelho. Cinematográfica, saida de um conto de Stephen King. Ela impulsionava a balança como se fosse alcançar o céu, e eu, mais medrosa, não passava do nível moderado, ou seja, no máximo, arranhões espelhados no joelho e no nariz, sem fraturas. Não sei bem se comecei a falar com ela e balançar e graaaaaaaaaaaaarc, cof, aaaaaaaaarrrrr! engasguei com a bala. Fiquei roxa. Minha mãe continuava com sua atenção a irmãzinha e Débora percebeu que eu me afogava. Ela disse "não pare de balançar!" e numa dessas idas e vindas, ela deu um tapa nas costas, que a bala soft saiu em slow motion , quicando no chão.
Lágrimas escorriam do meu rosto. Débora chegou até minha mãe e disse "cuidado com a menina ali, ela quase se afogou com a bala". E minha salvadora foi embora!

terça-feira, 27 de julho de 2010

CHECK LIST


Conferindo...
AMOR - em tratamento (não sei qual, mas está sob efeito de sedativos).
DINHEIRO - na unidade de terapia intensiva, respirando com ajuda de aparelhos.
SEXO- passo (assunto particular).
FILHA - ar que eu respiro (e é puro).
PROFISSÃO - repórter (só para dar gancho, entendeu?).
ESPIRITUALIDADE- em processo de resgate (atenção para a licitação dos santos da vez!).
AMIGOS - ao velhos e bons eu vos saúdo!
BLOG - Sempre atualizado ;)

domingo, 25 de julho de 2010

A motorista


A melhor história sobre autoescola que ouvi nos últimos tempos foi a da Tina Lopes , mas quem fica devendo o post é ela. Eu vou falar um pouco sobre essa saga de ser motorista e de todas as gafes que me levaram ao pré e pós ter minha carteira de habilitação para dirigir.
Sempre achei lindo quem dirigia e a primeira vez que me aventurei no universo de uma autoescola, devia ter uns 19 anos, mas só fiz os exames teóricos do Detran, pois não tive mais dinheiro para bancar o resto do "curso" e expirou o prazo. Enfim.
Passados quase 15 anos quis tirar a famigerada carteira de motorista. Trabalhava numa empresa que me pagava um salário de gente grande e parti firme para a meta. Fiz aulas teóricas, passei nos exames teóricos e fiz centenas de aulas práticas. Passei somente no terceiro teste. O primeiro fiz a baliza certinho, mas na hora de tirar o carro, freio de mão puxado. ELIMINADA! Da segunda vez, o instrutor disse que coloquei a vida dele em risco e me reprovou sem delongas. Risco de vida ele correu pós-teste.
Da terceira vez foi um milagre. Tinham mais três garotas fazendo o teste com o examinador, ele devia estar sacudo e mandou fazer duas manobrinhas. APROVADA! Irru! finalmente eu era uma pessoa habilitada. Mas dirigir que é bom, nada! Tinha pânico. Não comprei carro e jamais dirigia, mesmo se alguém pedisse para ir só a padaria da esquina em dia de chuva. A mão suava frio, ficava imaginando como sairia da garagem, que marcha usaria, uma tragédia. Foi então que em 2006, com cinco meses de gravidez, rompi o trauma. No dia em que resolvi ser motorista de verdade, fui do centro de Curitiba até a casa da minha, uns 7 quilômetros, sem passar da segunda marcha. Quando tentava engatar a terceira, rrrrrurrrrrrrrr, engasgava. Vencida a primeira etapa. Em seguida, ter noção de espaço, uma coisa terrível para iniciantes, uma vaga para trem parece que só cabe fusca. Foram dois arranhões no carro e o latoeiro começou a me conhecer pelo nome.
Em seguida, uma moto, aliás, uma Bizz entrou na minha frente, furando o sinal e PÓF! quebrou a lanterna da frente, mas foi susto.
A-g-o-r-a, o clímax aconteceu na última sexta-feira. Não é engraçado, nem trágico é absurdo! Não me considero nervosinha, nem me considero uma super motorista. Acho que sou normal, prudente e não procuro atrapalhar.
Quando fazia a curvinha para a entrada da garagem do meu prédio, no centro nervoso de Curitiba, fim de tarde, me assustei com um vulto que apareceu na minha frente e errei a tangência da manobra, em vez de frear, acelerei com tudo e POW! arranquei o portão, que ficou abaulado, caiu do lado e quebrou o farol traseiro de um Stilo novinho em folha. Nada de mal aconteceu comigo ou minha filha, preocupada, tadinha, só com a motoquinha que estava no porta-malas.
Naquele segundo, quando vi o porteiro mega-assustado com o ocorrido e tentando tirar o portão da entrada da garagem, pensei "o que foi que eu fiz". Passadas as etapas formalidade, susto, tudo vira piada. Quem não me conhecia no prédio, agora deve apontar como a moradora que estourou o portão da garagem, cuja entrada de carros teve que ser "protegida" por uma lona preta todo o fim de semana. O conserto é só na segunda!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Do Twitter

Peguei essa do twitter e resumiu tudo prá mim: @cherguevara: é irreversível quando reticências viram ponto final.

domingo, 18 de julho de 2010

Selinho



Não sou muito simpática a esse negócio de selinho, mas o BLOG MULHER de 40 sempre é tão presente, que acharia grosseiro não aceitar.
Mas da brincadeira, eu só faço a indicação dos 10 blogs que mais curto:
- Caminhante Diurno
- Pergunte ao Pixel
- Denise escreve
- Com disfarce, sem bagagem
- Quebreaqui
- Blog do Marco Jacobsen
- Blog Mãe só muda de endereço
- Elo Amarelo
- Fio de Ariadne
- From South to Hell

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Eu corro


Depois de Tom Hanks em Forrest Gump , a imagem da personagem "Run, Forrest. Run!", para mim, resume o start de quem começa a correr.
O esporte em minha vida sempre teve seus altos e baixos. Parte da minha carga genética está ligada ao futebol: pai e primos gaúchos fizeram a vida com a bola. Sempre foram atletas. Irmão joga rugby e até minha irmã teve umas passagens pelo atletismo.
Eu nunca fui "aquela" aluna em Educação Física, mas também estava longe de ser do time das tapadas. Era boa mesmo no caçador.
Na adolescência inventei de jogar volei, era moda. Fui treinar no Sesc, mas não sobrevivi uma semana. As meninas eram umas cavalas e davam cortadas fenomenais. Eu, tadinha, com 1,62 cm de altura, quase passava embaixo da rede. Ai desisti mesmo desse troço de atleta e tive um longo período de vida junkie. Fase Rô Bordosa.
Comecei a fazer caminhadas, é uma boa, mas é desculpa para dizer que faz alguma atividade física. Antes de engravidar, comecei a fazer yoga e achei maravilhoso. Sonho com a volta. Não te deixa esbelta, nem atleta, mas ensina a respirar direito, a manter postura e equilibrar a tal da ansiedade. Fiz até yoga para gestantes no Sesc da Esquina e foi MA-RA-VI-LHO-SO! Sem papos espirituais e bicho-grilescos, foi com Cassiane, uma instrutora que trabalha com todo o universo maternal. Bom demais!
Contudo, foi depois de me tornar mamis, que resolvi correr. Não tive dificuldades para perder os 12 quilos adquiridos na gravidez, mas a gente sempre tem medo de virar uma baleia. Então, depois do terceiro mês do nascimento de Alice, eu estava com meu peso antes da gravidez, e perdi mais sete na seqüência. Comprei a revista Runners e adaptei o treino. Comecei com caminhadas de meia hora. Depois, um mês correndo um quilômetro e fui aumentando cada quilômetro, de acordo com o desenvolvimento das corridas, três vezes por semana. Quando percebi, em seis meses estava correndo 5 quilômetros, exatamente há um ano. E a glória foi quando um amigo convidou para correr o circuito 5 e 10 km que teve no Rebouças. Fiz inscrição, fui retirar o kit um dia antes da prova, o crachá com o número e o chip para colocar nos tênis. No dia seguinte, apesar do inverno, o domingo estava ensolarado. Acordei 7 horas, comi granola com banana, aqueci e fui com o amigo. Aquele movimento de semiatletas, pseudo-atletas e atletas profissionais me fez sentir estar num outro universo. Mas não fiz pose, tipo ou gênero.
Dada a largada, meu amigo que já corria 10km me orientou a dar passadas leves, no primeiro quilômetro foi assim, depois sai do ritmo de jogging e comecei a correr. Quando chegou no quilômetro 3 e a marcação era visível, o psico começou a pegar. Ou seja, enquanto eu não tinha noção do quanto havia corrido não me preocupava com isso, mas a partir do momento em que cada 500 metros era descrito, o bicho começou a pegar. Peguei um daqueles copinhos de água que distribuem na corrida, dei um gole e jogei fora. No km 4, desespero, um monte de corredores acelerando a passada e eu me esbaldadando em suor. Comecei a ver pontinhos pretos. Meu amigo desacelerou e perguntou se estava tudo bem. Nessa hora vi a linha de chegada, só mais 500 metros. Puxei o ar e run Ronise! run! Corri com a obstinação de uma atleta olímpica, passei, ganhei medalhinha de participação. Legal. Passada uma semana, foi disponibilizado na internet o tempo dos participantes. Na modalidade que corri, feminino 5km, 280 mulheres. Fui na lista de baixo para cima, afinal era a primeira vez que corria na vida, assim em competição e nada. Não vi meu nome. Pensei "putz, nem listada fui". Então resolvi ler de cima para baixo até, ops, Ronise Vilela, 28o. lugar. O quê? Vi umas 150 vezes e foi real 28o. lugar em 30 minutos os 5 km. Nasce uma atleta.
Cheguei a fazer 7 km no ano passado, correndo constantemente, mas os acontecimentos abruptos da vida me impediram psicologicamente de cumprir essas tarefas, retomadas pós-carnaval deste ano. Agora, chegando novamente aos 5km, mas acho que o tempo vai reduzir para 28 minutos. É, sou assim, competitiva!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Homens podem ser amigos das mulheres?


Primeiro sobre o símbolo Yin-yang da gravura ao lado. A grosso modo, a filosofia chinesa o Yang é o princípio ativo, diurno, luminoso, quente, masculino, enquanto o Yin representa o princípio passivo, noturno, escuro, frio, feminino. Também é identificado como o tigre e o dragão representando os opostos.
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No meu instinto feminino, não acredito na absoluta e irrestrita amizade de um homem por uma mulher. Assim, sem nenhum desejinho! Lógico, salvo os casos da opção sexual do seu amigo ser por outro amigo. No sentido oposto, acredito que a mulher é capaz de ter te uma amizade por um homem sem qualquer desejo de foro íntimo.
Mas, independente do meu parecer a respeito, amizades masculinas dão uma leveza, um gosto de irmão e eu tenho sorte, meu irmão Juba é muito meu amigo. Daqueles meninos que serviriam, pelo menos para mim, para ser amigo. Sabe ouvir, mostrar o contraditório e dar um prognóstico quase sempre certeiro.
Eduardo. Por onde anda esse meu amigo da adolescência? Estudamos juntos no cursinho, fazíamos montanhismo, depois teatro e ele casou com uma amiga minha, que eu apresentei. E nunca mais nos vimos. Perdi dois amigos. Menina geralmente não gosta de que seu companheiro mantenha os vínculos com as amigas, talvez no íntimo, sempre achar que rolou alguma coisa. Ou é pura implicância feminina.
Cleversom, com "M" mesmo no final, companheiro das bebedeiras em Gross Point - Tenesse. Nós nos reencontramos ano passado pelo MSN, e ele usou um código muito particular que identifiquei na hora: "se você for a Rosemires me adiciona" , ou algo assim. A gente se chamava por nomes esdrúxulos, para se avacalhar. Coisas de amigo.
Fábio. De amigo a editor. Especialista em dar "aquela" força, quando você está prestes a completar 30 ou 40.
Marco. Casou, perdi total.
E...tcham, tcham, tcham, tcham! Kako. Também perdi. Casei com ele. Entendeu a desconfiança?

quinta-feira, 1 de julho de 2010