sábado, 27 de fevereiro de 2010

Cadê meu Norte? (desabafo rápido)


Onde estou? Para onde vou? Cadê meu Norte? Perdida em devaneios, frustrações, sonhos, desejos. Isso não é poema, mas retrato do meu real e do imaginário também. Faço novena ou terapia? Tento concurso público ou jogo na loteria?
Invisto em ganhar dinheiro, um corpinho de miss ou ser mãe full time? djbdbfaklbvkdkd ou cvndfbdjfba?
São tantas as dúvidas e muitas as direções!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Meninas x Meninas - está na moda?


Chocou, confesso. Ver duas meninas, que pelos meus cálculos não passam dos 13 anos, beijando na boca, com mãos parecendo tentáculos de polvo, no ponto de ônibus, por volta das 13 horas de uma segunda-feira, no centro de Curitiba, perto do Passeio Público. Nesse instante, dentro do carro que dirigia, olhei minha filha de 2 anos e meio, sentadinha na sua cadeira, no banco traseiro, inocente, talvez vendo a mesma cena, mas nem ai...imaginar que um dia poderia ser ela a protagonizar um beijo entre duas meninas. Não sou preconceituosa, homofóbica, membro da liga das senhoras politicamente corretas, mas posso ser careta, ou então, questionar o que pode ser uma modinha da adolescência: beijos entre meninas.

Na cena descrita que me provocou todo o estarrecimento, demorei para perceber que um dos pares era menina também. O agarramento era daqueles de primeira paixão. Uma delas tinha um cabelão a la Sonia Braga, com milhares de pulseiras coloridas. Bingo! Menina. Ai, como meu carro ficou parado bem em frente ao ponto de ônibus, em razão de um congestionamento, consegui detalhar depois de muito tempo, que o outro par também era menina. Cabelos loiros amarrados num rabo de lavadeira com uma piranha e os peitinhos sobressalentes. Ambas de uniforme da escola pública ao lado.

No meu twitter fiz uma breve pesquisa sobre o que as pessoas acham a respeito. Moda de menina moderna, descoberta da sexualidade e de que adolescentes sempre se acariciam publicamente, foram algumas das opiniões. Mas, creio que na descoberta sexual entre meninas, o toque, o beijo é até normal e não denota uma homossexualidade, porque nas regras sociais, meninas podem, se tocam, trocam gestos carinhosos, enquanto nos meninos o papo é outro e qualquer demonstração mais afetuosa, pode ser interpretado como viadagem.

Bem, a dúvida ainda paira, se é normal, moda ou eu estou ficando velha.

*Esse post também foi reproduzido no meu outro blog (AQUI)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Bate, bate coração


bate
bate coração
bate no meu coração
bate
bate coração
sem perder a razão
bate
bate coração
mantendo a emoção
bate
bate coração
mais forte
mais alto
bate
bate coração
não para
não agora
não!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Um telefonema surpreendente


No segundo toque do celular, identifiquei a chamada.
- Oi amiga! tudo bem? quanto tempo. Sumida.
- Tudo bem Rô. Você pode falar?
- Claro, está tudo bem?
- Preciso me desabafar. Preciso falar isso para alguém, senão eu vou explodir.
- Diga. Alguma coisa grave?
- Hum...É...bem...
- Você quer tomar um café, sair para a gente conversar?
- Não! preciso falar agora.
- Ok.
- Estou perdidamente apaixonada. Louca. Delirando.
O diálogo vai ser interrompido pela narrativa, para explicar que a amiga era casada há dois anos, depois de cinco de namoro. Sem filhos.
- Guria! Não acredito!
- Sim, começou com uma conversinha boba...ele trabalha comigo. Não no mesmo setor, mas a gente se vê praticamente todos dos dias. Dai partiu para os almoços todas as terças, MSN, essas coisas sabe?
- Hum, sei! E dai? Ele sabe que você é casada?
- Sim, sabe, sempre conto de mim e do Fulano. Ele sabe tudo. Somos amigos. Ai Rô, ele é tão inteligente, divertido, querido, charmoso...
- Você e o Fulano estão bem? Sabe como é...casamento é casamento. Altos e baixos. Como aquele emprego público que todo mundo sonha: quem tá dentro quer sair, quem tá fora quer entrar.
Eu e minhas filosofias de almanaque Sadol.
- Não posso reclamar do marido, mas está aquela coisa sem sal. Entende?
- Aha!
- Mas tem uma coisa horrível sobre essa minha, digamos, paixonite.
- O quê? Ele é casado?
- Não, já foi, agora é separado.
- E...
- Nem sei como falar, mas preciso.
- ...
- Ele é...é...é gay!
Depois de mais uma hora de conversa telefônica, filosofias e conselhos, posso dizer que hoje, minha amiga se libertou da paixonite, que durou coisa de dois meses. Foi um encantamento, uma carência, muitas vezes sentidas, no canto esquerdo do matrimônio.

*Qualquer sintoma parecido, pode ligar!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Eu não tinha um Max Brod


O cara ao lado é Max Brod, enfim, pela primeira vez em algumas décadas, tive a curiosidade de saber o nome do famoso amigo de Franz Kafka, que segundo a lenda, o "traiu", publicando suas obras. O que eu sabia? Brod ficou com os escritos de Kafka e o tornou célebre após sua morte. Até então, sempre considerei Brod o melhor amigo da Humanidade, pois foi ele quem nos proporcinou acesso as maravilhosas obras de Kafka. No entanto, me deparo com outra informação, a de que Brod não teria queimado algumas das obras inacabadas do amigo, pelo alto senso crítico de Kafka, antes da morte. Quem quiser saber mais sobre o bafafá kafkiano favor clique aqui
O que quero contar é que não tive tempo de falar com meu Max Brod da época. Carla Meira! Mas sei que você ficou indignadíssima, quando soube que queimei toda minha obra literária. Numa fogueira, página por página, uma semana antes do meu acidente (ler breve histórico na home do blog, sobre as cicatrizes)
Não lembro bem, mas eram aproximadamente uns 80 sonetos, centenas de contos e aquilo que poderia ter sido minha obra-prima, as Memórias Alcóolicas. Uma versão feminina de Charles Bukowski, no período de 1989 a 1991. Carla Brod, assim vou chamá-la era quem acompanhava a trama, palpitava e se deliciava com a história. Páginas escritas nos tec tecs notívagos e embriagados de uma Remington. Um publicitário, hoje mega famoso, badalado e internacional, também foi leitor das Memórias e embora tenha definido como "ácido demais para uma mulher", ele disse que era muito bom de ler.
Mesmo sabendo da composição da obra, não consigo lembrar dos detalhes, mas sei os motivos da minha insensatez piromaníaca. Na realidade, achava que não seria reconhecida, que não era bom o suficiente e preferia acabar com tudo aquilo. E lembro também da frase da Carla Brod: "eu poderia ao menos ficar rica como o amigo do Kafka". É, mas eu também poderia ter morrido e não morri. Resta uma chance!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Minha fantasia (nota)


Isso ai na foto não chega a ser uma fantasia, mas, para quem detesta carnaval como eu, também sei entrar na brincadeira!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Detesto carnaval


Ontem, na reunião com as meninas do twitter (@tina_lopes @denisomera @_CrisRangel e @franzinhabs), comentei o quanto detesto carnaval. Ui! Só tenho lembranças ruins, quando, de alguma forma tentei me familiarizar com a maior festa do país, o símbolo brasileiro do tum dum. Essa ojeriza toda deve ser herança familiar, embora minha mãe comentasse ter sido uma foliã de quatro dias e meio, pois não perdoava nem a madrugada da quarta-feira de cinzas. Meu pai e meus irmãos também são avessos à festa pagã.
A primeira experiência carnavalesca que me recordo, foi aos 4 anos de idade. Morava em Florianópolis e fui fantasiada de índia estilizada. O traje era rosa, lembro bem. Fui a uma matinê com filhos de amigos dos meus pais. Na primeira pisada no pé (descalços, pois era índia né?), cai no choro e estraguei a festa de todo mundo no clube. Depois, na pré-adolescência passei novamente em Floripa, mas não morava mais na ilha. Foi legal até. Assisti aos desfiles das escolas de samba e ganhou a que eu estava torcendo, Protegidos da Princesa, que até há uns 5 anos, eu recordava do samba-enredo, hoje, não faço a menor idéia da letra.
Aos 15 anos, passei em Navegantes (SC). Traumático. No primeiro dia assisti aos desfiles dos blocos e até curti, mas no segundo dia, eu e minha prima Silvia fomos num clube. Não rolou fantasia, mas aquele esquema top e shortinho (nada enfiado no rego, nunca tive vocação para pirigueti). Rolou um esqueminha, bem ingênuo, máximo beijo na boca, de repente, prima se acidenta no estacionamento e fratura a perna. A filha da p*, de um amigo do meu pai, maior de 18, era a responsável. Dois amigos da prima iriam levar a gente para o hospital, que era em Itajaí, mas tínhamos que atravessar o ferry-boat. Impasse. Para não dar mais merda, resolvemos ir para casa avisar nossos pais. O que foi a cena quando chegamos no carro dos rapazes e Silvia com a perna quebrada? Meu pai queria bater nos moços (uns gatos, isso me lembro bem). Morri de vergonha! Fiquei 3 dias sem falar com ele e a família toda tentando harmonizar o drama. A moça "de maior" falou para meu pai que eu e minha prima estávamos de nhem nhem nhem com os moços (antes fosse, invejosa!)
Acho que esse último episódio encerrou minhas desventuras de carnaval e então decidi travar uma guerra aos tamborins. Quando ainda morava com mami, no Abranches, reunia todos os amigos que assim como eu, eram anti-carnaval. Cinco dias sem sequer ligar a TV para ver bundas, Sapucai, tetas e láralaiê. Rock puro! Começou com meia dúzia de gatos pingados, nos anos subsequentes o espaço era disputado a tapa. Saudades disso!
Hoje me permiti colocar minha fantasia de mascarada boca emperebada, fantasiar minha filha de bailarinha-fada e ir à praia. Mas, com certeza, longe dos cafonalhadasbanda, alalaô e afins, pois eu detesto carnaval e tenho dito!
Em tempo: quando já publicava o post, lembrei que meu último carnaval foi "pulado" na sede social da Urca, que já não existe mais. Fui de freira. Isso sim é fim de qualquer carreira.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

SONHOS PREMONITÓRIOS


Na época Brida da minha vida, costumava ter muitos sonhos premonitórios. Não! Jamais sonhei com números de loterias ou se iria encontrar o príncipe encantado, mas mortes, gravidez e acidentes (incluindo o meu), sonhei muito. Às vezes me sentia como uma paranormal, uma bruxa poderosa, na síndrome de Brida, mas sempre exercitei minha mente para o lado B da vida, além da nossa vã filosofia.
Como nunca fui adepta de drogas pesadas, lisérgicos e afins, pensei que estava ficando louca, já que há casos não bem diagnosticados e muito menos tratados na família. Depois, na fase adulta, contas, trabalho e filha me fizeram esquecer do sobrenatural.
No entanto, desde que a querida Rosa, minha mãe amada, foi para outra dimensão há 3 meses, os sonhos me ocupam as noites. Sua imagem é forte. Suas mensagens são claras. Sei que são reflexos da imensa saudade que sinto dela, mas na noite passada, um sonho em particular me assustou. Ela me preparava, digamos assim, para encarar a morte. Dizia que morrer era como ser carregada por anjos. Acordei com a sensação de que nossa saudade é tão grande que ela estaria me "chamando". Passou, passou.
Nas interpretações dos bidus digitais, sonhar com mãe nessa circunstância significa recuperar a saúde ou até insegurança de projetos pessoais. Acho que sinto mesmo, uma profunda carência do amor materno, que nunca, nunca será substituído!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

As pérolas de cada dia


Sim, eu descansei e retornei para o trabalho com aquele vigor típico dos esperançosos. Mentalizei coisas boas para o profissional, no trato com a chefia, colegas e coleguinhas. Chega de ranço, pensei, como alguém que desvendasse os mistérios do "Segredo" dos bem-sucedidos. Bastou circular por uma hora, para cair na real. As ostras da repartição começaram a produzir suas pérolas.
1ª) Que folga hein! Tá bronzeada. Pegando sol e aqui, a gente só se ferrando.
Se o pobre mortal soubesse que durante uns oito anos consecutivos da minha vida trabalhei todos os 1º de janeiro, jamais abriria a boca para tecer tal comentário. Riso amarelo, ainda não estava contaminada pela volta ao batente.
2ª) Você tinha que tirar férias logo num mês onde aconteceu o fato mais dramático da tua área? . Esqueci de avisar a suprema ostra, que eu requeri minhas férias no início de dezembro, o pedido passou pelo crivo da minha chefia, foi aprovado de acordo com todos os critérios legais e todas as ostras do 1º escalão foram avisadas em e-mail dia 24 de dezembro. Ou seja, com tempo hábil de cortar meu barato. E além do mais, como vou adivinhar quando acontece um fato extraordinário. Se tivesse esse poder, com certeza não apostaria minha vida no Jornalismo.
3ª) (até o momento desse post)Você pode me entregar até o final da semana. Cozinha tudo e faz um caldão.. E o pedido (ordem) não se trata de receita culinária, isso eu posso garantir, embora ministro ache que jornalista e cozinheiro sejam compatíveis em suas funções...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

PÉrspectiva


Foi nessa Pérspectiva que curti minhas férias. Meus 30 dias de férias. Com chuva e sol. Marido e filha. Paraná e Santa Catarina. Sem dinheiro. Uns 3 quilos a mais. Mais loira e crespa. Interrompida por um freela nos primeiros dias do ano e uma situação caótica profissional, fazendo que meu celular tocasse dia e noite por uma semana.
Voltei a comer peixe e camarão. Depois da gravidez, bichos do mar não faziam parte do meu cardápio. Fiquei de ressaca com 3 cervejas (quem diria!). Fiquei sem internet por semanas (quem diria!)E estou feliz com o retorno a realidade!