sexta-feira, 30 de abril de 2010

Protocolo para ir ao ginecologista


É um mal necessário. Ir regularmente (pelo menos uma vez ao ano, tipo dentista) no ginecologista. Mas, surgem algumas dúvidas sobre o protocolo da consulta, uma vez que ficamos expostas, indispostas e pré-dispostas a toques, recolhimento de material, apapalpação, da maneira mais natural possível. Possível para o médico, é a trilionésima periquita que mexe no dia, enfim, começo pelo primeiro quesito:
1) tem que ser homem! mulheres nunca se mostram seguras a fazer um exame ginecológico, parecem cozinheiras de primeira viagem que temem errar o ponto do suflê;
2) na hora de tirar a roupa, com meias ou sem meias? Em Curitiba, geralmente é a primeira opção;
3) é preciso ficar preocupada com depilação? Tudo bem, não é um encontro amoroso, mas expor a mata atlântica não é lá muito recomendável;
4)quem tem filho (a) único (a) e 40 anos tem que obrigatoriamente falar sobre segunda gestação? vasectomia ou medidas preventivas para menopausa?
5)por que a gente demora mais tempo para colocar a roupa depois do exame, do que tirá-la?
Mudei de gineco agora, gostei dele, é do estilo "muderno", pois o meu antigo, agora só atende gestantes e está em fase de pré-aposentadoria, talvez a reflexão desse post seja um pouco de insegurança do começo da relação. Parece íntimo? E como não achar isso de um gineco?

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Eu acredito! Amém!


Sou genuinamente brasileira, moldada na educação católica, mas com pitadas de todas as crenças, inclusive com passagens de não crer em nada. Fui batizada na Igreja dos Capuchinhos, fiz Primeira Comunhão em União da Vitória ,crisma na Catedral Metropolitana de Curitiba, hoje Basílica. E a cada jornada, descobri que a fé é única, que as religiões ditam regras para cada vez mais, você ser culpado. Onde está a tão proclamada libertação da alma? É mais fácil acreditar que está no sexo, nas experiências lisérgicas e na abstração, do que em qualquer capítulo X, versículo Y.
Mas, confesso, sou uma personagem do Jorge Amado, envolta no sincretismo religioso da brasilidade. Depois de estudar em colégio de freiras e toda a educação católica que tive, fiquei totalmente descrente com 15 anos. E conheci várias religiões, entre elas, os mórmons (argh), testemunahs de jeová (irc) e algumas vertentes das ditas evangélicas (glup). Nada feito. Período resignado e conheci os bichos-grilos da minha vida: esoterismo. E por um bom tempo estudei a Wicca e me intitulava a new bruxa, fazia uns rituais lindos, mas nada parecido com Brida, ok?
Houve a história do meu acidente e frequentei uma igreja evangélica, da qual realmente eu curti, mas separava bem o que era minha fé e o que era o certo e errado da religião, até o dia em que fui num culto da libertação. O que era aquilo? Falavam línguas, o povo numa catarse coletiva e eu na minha. Três pastores se aproximaram e perguntaram se eu ouvia o chamado de Jesus. Peralá! Tinha acabado de sobreviver a um acidente automobilístico, eu estava a fim de ouvir Jesus me chama? Nem a pau!
Os "irmãos" queriam rodopiar minha cabeça, porém, eu não deixei e sai da igreja descrente mais uma vez.
Por mais um longo tempo, fiquei sem a luz, a qual considero importante para o autoconhecimento, para o amadurecimento do ser, equilibrar as mazelas e reconhecer as alegrias do viver. Nessa onda de paz, fui acometida por santos, sem nunca ter visto nada a respeito e tem mais picareta do que evangélicos. Esse capítulo eu passo, talvez um post futuro, com uma cabeça melhor. Estudos budistas também fizeram parte da trajetória, posso confessar que é o mais próximo e mais difícil de seguir, porque o princípio básico de aceitar as pessoas como elas são, não é para qualquer um.
Mas, na ausência da explicação do existir, eu me apego aos santos católicos, os que licito conforme a situação, sou bem devota da Madre Paulina e já paguei promessa, porque não é o rito católico, mas minha dedicação e disciplina em orar e exercitar a fé, dia-a-dia, para acalmar meu cão. E assim, acendo uma vela, um incenso, danço prá Lua e namastê!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Filadélfia e minha pauta


Como não consegui achar o trecho do filme Filadélfia que queria para retratar a história do post, vou no tradicional: o da cena que Tom Hanks fala com Denzel Washigton, ao som de Maria Callas na ópera La Mamma Morta.

Cansada das pautas policiais, resolvi me embrenhar pela Geral. Achava lindo um repórter sair da redação com uma pauta na mão e uma idéia na cabeça. O Senhor Jornal me deu a missão de acompanhar um seminário de biólogos, eco-tudos e todos os senhores do tempo na Federal, lá no Centro Politécnico. Era para falar com um grande estudioso que tinha defendido tese nos States, que a poluição do ar em São Paulo matava 10 pessoas/mês.
No auditório, fiquei assistindo a porra do evento e calculando o tempo pelo relógio, já que tinham outras duas pautas para cumprir no dia. No meu tempo era assim, repórter tirava a bunda da cadeira e ia atrás de notícia in loco. Na composição da mesa, só as super autoridades especializadas, todas engravatas até anunciarem o Dr. Mestre (meu entrevistado). Calça jeans surrada, camisa de algodão cru e chinelos franciscanos. Sem muito trato e com papéis amarrotados nas mãos.
E começou o blá, blá, blá. Com a cara-de-pau pertinente a um jornalista, me aproximei do palco e fiz um sinal pra o Dr. Ele saiu pela lateral e cochichei "será que você pode falar comigo uns 5 minutinhos, sou do Senhor Jornal..." Ele aceitou na hora e só vi um bando de coleguinhas seguindo a maré. Ao chegar num corredor ao ar livre, o Dr me confidenciou "Acho esses encontros uma chatice, mas fale garota, o que você quer saber?" Sem rodeios, perguntei qual a relação da poluição do ar e as mortes, segundo o próprio estudo, enfim. Então, daquele Dr. com ar de relaxado, saiu a tese. Ele falava comigo e com todos os repórteres, como se fôssemos seus colegas de Harvard. De repente, as palavras foram sumindo, parecia o som disforme da professora do Charlie Brown, quando ele viaja em sala de aula. Fiquei desesperada. Não estava entendendo nada. Como ia escrever a matéria, como o leitor iria então interpretar? Foi então que veio a luz. Tom Hanks como Andrew Becket de Filadélfia, a cena que um dia eu disse que iria reproduzir, quando ele fala com o advogado Joe Miller, interpretado por Denzel Washington "me explique como se eu fosse uma criança de cinco anos". Claquete! A Terra parou, os ponteiros do relógio e a entrevista. "O quê?" falou o Dr. "O senhor pode me explicar o processo como se eu fosse uma criança de cinco anos, porque não tenho condições de assimilar em 10 minutos, um estudo que você fez em anos, mas preciso explicar para o leitor". Dito e feito, ele usou um exemplo bem pedagógico, estilo "suponha que você tenha uma planta, todo os dias submetida a doses de venenos, e blá, blá, blá". Perfeito! The Oscar goes to Tom Hanks mesmo!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Aos 40


A partir de hoje, sempre estarei fazendo 40
Queria ter mais dinheiro, menos barriga
Mas, para quem teve uma filha aos 38,
estou bem!
Perdi tempo com bobagens e a mãe querida
Ganhei uma nova família e certa serenidade
Não tenho o salário que deveria
Nem me esforcei tanto quanto poderia
Ainda sonho
Isso é bom
Não desejo tanto
Isso é mal
Continuo teimosa
Não sou orgulhosa
E amo churrasco
Rock, blogar e beber mo-de-ra-da-mente (minto?)
Vou dar bolo no bolo
Numa festa que nunca acontece
E continuar acreditando em dias melhores
E aos 40, vou ver se a vida começa
ou se é o início do fim.
Parabéns para mim!

*** faço aniversário em 16 de abril, mas não sei se estarei inspirada no dia

sábado, 10 de abril de 2010

Um amor em fita K7


Haine e Bob eram amigos. Cúmplices dos livros, filmes, músicas, política e gastronomia. Não podiam conhecer algo novo sem compartilhar a descoberta. Mas era apenas amigos. Isso da parte de Bob, apaixonado por uma moçoila interiorana, sem graça, mas que fazia Bob suspirar e confidenciar seus mais loucos desejos para Haine.
Calada com seu amor aprisionado pela amizade, Haine um dia tomou coragem. Escreveu uma longa carta em papel pautado. Páginas e páginas de sua confissão amorosa pelo amigo, misturada com mea culpa por confudir as estações, mas não aguentava mais sofrer em silêncio. Não pedia reciprocidade, nem rompimento, sequer esperanças, apenas era um desabafo para o amigo, também, ironicamente, seu grande amor.
Para não fugir ao estilo criatividade, que permeava a relação de ambos, Haine gravou o conteúdo numa fita cassete. Era para a declaração ser lida e ouvida.
No dia marcado por ela, Bob estava especialmente feliz e a convidou para um café. "Tenho uma novidade!", disparou o moço alto, de nariz longo e um ar de poeta dos anos 50. "Eu também!", retrucou a garota pequena, sem muita pintura no rosto e vestes de dandi.
Ansioso, Bob pediu para falar antes. Sem pressa de concretizar seu intento, Haine ainda apalpou por debaixo da mesa, a bolsa contendo a carta e a fita cassete. Entre um gole de café e uma tragada do cigarro, ele revelou que seu romance com a caipira tinha se estabelecido. Bobo, com um sorriso indecente e feliz, não percebeu a demolição que acabara de provocar em Haine, que com sua classe, manteve a expressão de amiga. "Quem bom que vocês se acertaram", disse, morta. Depois de uma novena de planos revelados com a outra mulher, Bob pergunta sobre as novas da amiga. "Era nada não. Mas preciso ir embora, a gente se fala mais tarde".
Em passos largos que nunca chegavam a seu destino, com lágrimas contidas para evitar ser vista em prantos, Haine caminhou em marcha derrotada. Ao abrir a porta de seu minúsculo apartamento, rasgou a carta, destruiu a fita cassete e se puniu até adormecer.
Passada uma semana, ela nem conseguia olhar para si mesma e tampouco para Bob. Ele, enfeitiçado pela paixão simplista, não percebia a dor da amiga. Ela havia convertido seu amor em raiva. E num belo dia, Bob bate na porta de seu apê. Haine o trata com frieza e só então ele percebe a mudança de humor da amiga. "Aconteceu alguma coisa?" Foi o estopim para o ataque de ira de Haine, que quebra um copo e revela a alma. Sai de casa e o deixa sozinho.
Fim da amizade!

Hoje Haine é uma dona de casa classe média, que sonha com os filhos na faculdade e a establidade financeira.
Bob? está separado da caipira que virou doutora e lhe deu um par de filhos. Ele ganha muito dinheiro e está no poder. Sozinho, é claro!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

DROPS - Jornalista


Bonita a imagem né? Bucólica. O sonho acalentado de jornalista da minha geração, aquele clima noir, um Clark Kent de plantão.
Mas tiradinhas curtas sobre a profissão são mais interessantes e as que eu recordar, publico.

Minha primeira pauta - eram férias de verão e como não era dada ao litoral, resolvi encarar como seria minha futura profissão. Jornal Curitiba Hoje, numa garagem da João Negrão. Chefe de redação: Fernando Fanucchi, o melhor de todos. Foi dada a missão de eu cobrir o Plano Bresser, no Sindicato dos Economiários. Assim, eu tonga de tudo, numa perua com o fotógrafo, um bloquinho e morrendo de medo. Cheguei atrasada, fiquei em pé, um monte de jornalistas fazendo perguntas e eu só anotando tudo sem entender nada. Terminada a coletiva, sala vazia, tive vontade de sair correndo. Uma colega do Indústria e Comércio se aproxima "cria do Fanucchi?" Falei um sim gemido. Ela ficou do meu lado, me explicou tudo, deu telefone se precisasse de algo e se despediu "quase ninguém entendeu o que aconteceu aqui hoje". Alívio? Não. Cheguei na redação e disse que era incapaz de escrever. O velho chefe disse que não tinha pressa. Acho que foram umas 20 laudas em papel carbono para o lixo. Nem lead saia. Mas saiu. Toda editada lógico, mas a matéria saiu e fui eu. Em uma semana ganhei uma coluna sobre Literatura, só porque estava numas de Edgar Allan Poe.

HIPNOTIZADA - Sim, numa NQM da Tribuna fui entrevistar o Fabio Puentes sobre hipnose, numa clínica que havia instalado em Curitiba. Com a velha dupla, saudoso Buiú e o motorista chegamos à entrevista. Explicações e demonstrações de toda ordem, fui para o desafio. Pensei "jamais vou ser hipnotizada". E não é que o camarada fez com que eu não conseguisse soltar minha BIC dos dedos. Eu tentava, juro, conscientemente e o troço não saia. Resultado: repórter que vira notícia e capa da Tribuna!

COISAS QUE TIVE QUE OUVIR -
De um médico: "depois que você fizer a matéria manda para meu e-mail para eu corrigir". Resposta: "o sr. não é meu editor. Seria o mesmo que eu, jornalista, pedir para analisar diagnósticos de seus pacientes"
De um juiz: "pelo presente (vírgula), deixa eu ver como você escreveu"
Resposta: "a anotação é minha, só eu entendo, continue por favor!"
De um brutamontes que acabara de perder o pai num acidente de trânsito: "se tiver um repórter por aqui eu tiro a tapas. Você quem é?"
Resposta: "sou da perícia, não posso sair daqui. Como era o nome da vítima?"

sábado, 3 de abril de 2010

De olhos vermelhos e pelo branquinho


Para manter a inocência da minha filha, conto que o Coelho da Páscoa está na sua toca arrumando os ovos para distribuir às crianças obedientes. Mas, quando começo a ouvir "de olhos vermelhos, de pelo branquinho..." volto no tempo. Quatro anos, cabelo curtíssimo, morava em Florianópolis e estudava no Jardim de Infância Peter Pan. Tinha uma menina chamada Adriana que eu não gostava, não sei o motivo e um menino de cabelos longos, Rodrigo, minha primeira paixão.
Na apresentação da Páscoa, eu vestia uma fantasia de coelhinho e tinha que cantar e dançar a tal música do coelhinho. O show era num salão de festas e as mães chegavam, menos a minha. Cada vez que a porta abria, eu (coelho) dava um pulo desorientado e as lágrimas brotavam no canto do olho. É incrível como eu lembro com detalhes desse dia, eu no canto esquerdo, as cortinas brancas esvoaçantes e um raio de luz invadindo a sala timidamente. A cena é nítida! Na última estrofe, no último pulo do coelho, minha mãe apareceu, assim como meu sorriso.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Minhas barrigas


No jargão jornalístico, barriga é dar uma notícia inverídica. Os motivos podem ser: ânsia de furar a concorrênca, empolgação, falta de checar as fontes e mais alguns itens. Entretanto, seja qual for o motivo da barrigada, o resultado é indigesto. AQUI, mais sobre barriga.
Cometi duas barrigas na minha carreira, mas foram homéricas, principalmente por se tratarem de manchetes de jornal.
A primeira eu ainda era foca. Foi no jornal que tenho um carinho especial até hoje. Eu era repórter setorista de futebol dos 3 times da capital. Numa troca de chefias, virei editora do caderno de esportes, mas contiuava a cobrir os times, porém, sem sair da redação.
Tiba, um famoso atacante da Portuguesa no final da década de 90 estava prestes a acertar com o Coritiba. Era o assunto da semana. Fim de tarde e precisando fechar a edição, liguei para o supervisor do Coxa, fonte confiável na época, que me garantiu a chegada do jogador "estou indo ao aeroporto buscá-lo". Sem fotógrafo para registrar o momento, mas com a garantia da fonte, tasquei na manchete TIBA É O NOVO ATACANTE DO ALTO DA GLÓRIA, ou coisa parecida.
Feliz da vida, o encanto se desfaz no dia seguinte, quando na caminhada matinal me deparo com o jornal mais lido de esportes estampado, TIBA NÃO VEM MAIS PARA O COXA. Ataque de pânico, ânsia de vômito, vertigem. Chego na redação e vou direto para o chefe. "Pode me despedir". E o que ouço? "Não se incomode, só meia dúzia leem esse jornal". Não sei o que foi mais triste, a barriga ou saber que não havia leitor do periódico.
O segundo episódio da barrigada foi no "Senhor Jornal". Eu já era mais experiente e estava num momento pautas filé mignon. Num belo sábado, um dos coordenadores me chama e diz: "Ronise, parece que achamos o ganhador da Mega Sena acumulada aqui de Curitiba". Passados contatos, casa lotérica e depois do serviço de Sherlock Holmes, o bilhete premiado estava no lixão do Caximba. Equipe no depósito de lixo e imaginar como um pedaço de papel seria encontrado em 14 mil toneladas de entulhos. Pá! Descobri o celular do sortudo, achei o cara. Apostou em tal lotérica as dezenas que correspondiam as idades dele, da esposa, filhos, pai e mãe. Ele deu entrevista, disse o que faria com a fortuna e o Brasil querendo saber como ele resgataria o prêmio sem o bilhete. Segundo a versão do moço, jogou o cartão de aposta, porque conferiu a Mega vendo o sorteio da Quina, ou por ai.
Juro que o vácuo dessa história habita nesse detalhe. Cumpri a pauta empolgada com a chefia de redação para ser a capa de domingo. Engolimos a história com farofa, sem questionar, sem colocar palavrinhas mágicas do Jornalismo como suposto, o que se diz ganhador, e para dar caldo, fiz um texto do caralho, sem qualquer modéstia.
Domingo de glória, Folha de São Paulo, O Globo e todos os jornais de Curitiba comprando a pauta, mas o trunfo era meu!
Segunda-feira na TV: "Hoje pela manhã o verdadeiro ganhador da Mega Sena acumulada retirou seu prêmio na agência da Caixa do centro da capital. A Caixa informou que se trata de um homem de tantos poucos anos, residente no interior do Estado e que fez uma aposta mínima. Ele veio visitar um filho doente e aproveitou o tempo livre para fazer uma fezinha, numa casa lotérica em frente ao hospital". Tudo de novo, pânico, vertigem, dor de barriga e a mesma atitude. Na redação, chamei o chefão e pedi a conta, alegando que a incompetência foi minha. O velho chefe me levou para tomar café junto com uma "conselheira", e naquele tom ao pé do ouvido proclamou: "Guria, o texto estava tão bom, que você conseguiu envolver editor, chefe, outros colegas e até o dono do jornal com a história, que se é a notícia era verdade ou não, passou a ser secundário". Será que eu tinha escapado mais uma vez?
A vergonha estava em mim é claro, mas todos, eu disse todos os jornais correram para dar a mesma história, que retratrei na edição seguinte, mas ao contrário da primeira barriga, o Brasil inteiro leu!

Notas: *coincidência pura um post sobre barriga em 1o.de abril
** nada melhor do que Homer Simpson para retratar uma barriga