segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Amigos passageiros


O que fazer quando se percebe que algumas amizades são tão passageiras, tão rápidas como um trem-bala? Que aquela ou aquelas pessoas participaram apenas por um momento da sua vida. E, de repente, você faz um esforço sobrenatural para lembrar da voz, do sobrenome e do chocolate favorito daquela pessoa, até descobrir que chocolate também não era o doce preferido dela.
Por vezes incompatibilidade, não apenas de opiniões, pois essas sempre foram respeitadas, mas de locais, dias e horários para se ver, se falar, e se mantém um fio virtual e ali se estabelece esse novo tipo de amizade: aquela em que não se toca, mas que, presumidamente se sente. E em muitas situações há equívocos que geram mágoas, desconfianças, sensações de indiretas. É a nova forma de se relacionar? Deve ser, pois a sociedade sempre reinventa a forma de se comunciar e establecer vínculos.
Sou relativamente tradicional para determinadas mudanças e confesso não me adequar como forma de amizade, os meios virtuais. Amizade para mim ainda precisa de cheiro, de beijo,do riso e do choro, mesmo que não haja frequência.
E assim caminha a humanidade!

domingo, 19 de setembro de 2010

Corra louca, corra!


Corra louca, corra! Foi o que pensei ao estar acordada em pleno domingo, antes das 7 horas da manhã e com um friozinho de 10 graus. Depois de um treino horrível na sexta, onde não consegui completar o habitual percurso de 5,350 km, ou cinco voltas completas no Passeio Público, imaginei que participar desta minha segunda corrida oficial seria um vexame, mas no fundo estava meio "tô nem ai".
Comi banana com aveia e leite, café com leite e pão torrado. Tinha uma leve ansiedade batendo e uma raiva miserável dos vizinhos do andar de baixo, que chegaram às 6 horas da manhã, cantando, bêbados e barulhentos, mas, o que fazer numa situação dessas? pedir para que se calassem? quem era louco? os notívagos do sábado ou a louca que corre no domingo cedo? melhor enfiar a cabeça debaixo do travesseiro e torcer para dormir o melhor dos sonos nos próximos 45 minutos. E assim aconteceu.
A corrida - Aquecimentos e a companhia do velho amigo André, não sabia que estratégia adotar. Comecei no trotinho, mas me irrita aquele bando de gente na minha frente e fui me enfiando nos buracos. Mantive o ritmo e dei uma alavancada na descida, mas depois quando vi a marcação 3km, começou a pesar o psicológico, quando avistei 4km faltou o ar e lembrei do meu grilo-falante dizendo "encha o pulmão de ar". Foi mágica e corri como uma criança, bem tranquila, fazendo minha melhor marca dos 5 km: 29'36'. Agora a louca vai tentar os 10 km. Começo na terça!

***Publicado no dia 22 de setembro entrevista sobre corrida AQUI

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

INSPIRATION


Assim como uma linda vela num candelabro de bronze, porém apagada, se torna apenas um ornamento;
Taças finas de vinho e vazias;
Carro luxuoso sem combustível;
E pão sem manteiga...
Ando sem inspiração para escrever no blog.
Efeito Jornalismo? É possível, este vilanesco amor que me toma, faz eu pensar diferente, agir diferente, mas eu o amo e ele assassina minha amiga, a Literatura.
E há muito tento torná-los amigos.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O verdadeiro dia dos namorados


Ao som de What I Got - Sublime

Hoje eu e Kako comemoramos o dia dos namorados. Porque foi num 2 de setembro, há doze anos, que oficializamos o nosso namoro. Ele era o Charada, sim, a forma como eu identificava meu novo romance aos amigos íntimos (precisamente Kátia e Marco). Foi numa festa de aniversário da Maria Fernanda, uma mulher de lindos olhos, que ele me pediu um beijo público. Depois de tudo isso, numa situação muito adrenalina e serotonina, que eu intimei "namoro ou...".
O resultado dessa equação emocional não difere de qualquer relacionamento, que teve como base paixão, amor, amizade, companherismo, permeado pelas divergências, brigas, certas interpretações aleatórias sobre todos os assuntos e uma filha linda, hoje com 3 anos.
De casal bebe todas, amigo de todos e viaja por tudo, ficamos bem pacatos, até demais, isso é um pouco inerente ao processo de envelhecimento conjunto. Estamos tirando o pó, porque há muito viço ainda. Lógico que nossa balada é diferente do modo às antigas, mas também, não faz sentido loucuras notívagas toda semana, mas a quebra da rotina é super importante, para não nos tornamos dois velhos conhecidos que não se reconhecem mais.
E a gente é assim, conversa muito. Eu sou dia, ele noite. Eu gosto de vinho e ele de cerveja (mas curto uma geladinha também). Acordo de bom-humor e Kako...quem conhece sabe a fama, mas melhorou muito. Eu mandona, na perspectiva dele. E ele, gente boa sim!
Kako, não sei ainda quanto tempo. Não sei ainda onde vamos parar. Mas, mesmo com esse bolo chamado casamento, que a massa não é a preferida, mas o recheio e a cobertura são deliciosos, parabéns!