segunda-feira, 16 de setembro de 2013

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Pequenas atitudes, grandes efeitos

E se você soubesse que um terço de todo o lixo doméstico produzido é composto de material reciclável e 80% deste montante é descartado com uso em uma única vez. E, esse pequeno gesto superlota os lixões do planeta, um dos maiores problemas ambientais? Pior, se você achar que isso não é problema seu, e sim, de ambientalistas, ou das pessoas ecologicamente corretas, os “ecochatos”. Na contramão de ignorar atitudes simples e corriqueiras, pessoas sem formação acadêmica ou científica no que diz respeito ao meio ambiente, começaram a adotar produtos, comportamentos sustentáveis, a fim de colaborar com a saúde do planeta.

Foi o caso da professora Izabel Cavallet, que em tempos modernos, resolveu usar fraldas de pano no filho Vinícius de recente um ano de idade. “Conheci as fraldas de pano através de uma amiga, que não usava, mas sabia que eu curtia “causas ambientais”. As reações foram as mais diversas, desde risadas me chamando de maluca, até caras de nojo e olhares julgadores. Entrei em alguns sites de lojas de produtos ecológicos e vi os preços, então aboli a ideia de vez! Eram muito caras para todo o trabalho que de que elas supostamente me dariam”, no entanto Izabel pesquisou mais sobre o assunto e resolveu adotar o produto.

“Fui atrás de algo que pesasse na balança a favor das fraldas e encontrei estudos que afirmavam que um bebê (por mais lindo, ingênuo e fofinho que seja) gera em seus dois primeiros anos de vida, mais de duas toneladas de lixo, só contando as fraldas descartáveis. Era demais. Olhava meu filho e só conseguia pensar na poluição que ele gerava. Resolvi comprar algumas de testes, afinal era verão, eu tava de licença maternidade (tinha tempo de lavar), e até a loja ajudou, fazendo uma promoção em alguns combos. Comprei seis trocas de uma vez (era o melhor preço) e arrisquei!

Curti desde o primeiro momento. Elas eram lindas, bem mais fáceis de usar e lavar que as “de antigamente”, e meu bebê se adaptou super bem.” Izabel só encontro resistência na escolinha em que matriculou o filho quando voltou a trabalhar, pois lá, só se aceitavam fraldas descartáveis. “Hoje eu tenho usado um pouco menos, mas mesmo assim consigo reduzir umas duas fraldas ao dia. Encontrei um equilíbrio e uma maneira de diminuir um pouquinho o peso na consciência. Mesmo não sendo o ideal acredito que já é uma contribuição legal”, concluiu a professora.

EMPRESA DE SANDUÍCHE NATURAL FAZ A SUA PARTE

Os sócios Ângela Cristina Madalozo, Marcelo Barth e Alexandre Madalozo adotaram medidas sustentáveis na empresa de sanduíches naturais, instalada em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O processo começa desde os preparativos com os pães. As embalagens plásticas são recolhidas para coleta do lixo reciclável e as cascas dos pães das pontas, são doadas a uma instituição de cuida de meninas, para ser reaproveitada em várias receitas culinárias.

Na linha de sanduíche com hambúrguer, cerca de 80% da gordura da carne é retirada numa grelha. O local onde fica a gordura é retirado, guardado em tonéis e repassado para uma pequena fábrica de sabão, que utiliza o produto como matéria-prima.

“Sempre adotamos a filosofia de fazer a nossa parte, a fim de contribuir para o bem estar geral. Contudo, não temos o retorno das nossas ações, ou seja, se o destino de plásticos, papelões, lâmpadas fluorescentes, que são depositadas na nossa empresa, pois não colocamos no lixo comum, devido ao perigo deste material, está sendo trabalhado de forma sustentável”, observou Ângela.


Foto: Valquir Aureliano Processo sustentável nos sanduíches: cascas doadas, embalagens para reciclagem

Mais AQUI na matéria feira para o jornal e Portal BEM PARANÁ

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Sou adolescente e já sei namorar

Da coluna Filhos e Família:

Mudança hormonal, comportamental e física; esses são os pilares que compõem a grosso modo, um adolescente. Emoções turbinadas por paixonites, revoltas injustificadas, inconstância de humor, amizades supervalorizadas, enfim a “hora do namoro” não poderia faltar no cardápio juvenil.

Porém, resta aos pais mais uma dúvida desta fase tão oscilante, lidar com o namoro. Será que os filhos, ontem crianças, hoje, quase jovens, mas sem maturidade, estão preparados para enfrentar um relacionamento além-amizade? E os carinhos, carícias, sexo?

Há um desespero global ou não, isso depende de como os pais se preparam para esse momento. “Filhos saudáveis têm amigos, interessam-se em namorar e pais precisam estar receptivos ao diálogo, a ouvir, a orientar, atentando para o fato de que os tempos mudaram e hoje os jovens estão mais ousados, menos reprimidos e suas investidas são maiores: mais experiências, mais relacionamentos, com menor tempo de duração, características estas, típicas deste mundo denominado de líquido, do qual todos fazem parte. Pais estarão prontos a negociações que determinam o que será permitido em nossa casa em relação a horários, locais e durações dos encontros, lembrando que os limites são necessários, mas nem sempre facilmente aceitos”, analisa a psicoterapeuta Vera Regina Miranda.

Para quem nunca teve a experiência do namoro com filhos, resta à expectativa. A advogada Lorelei Ceschin que trabalha com venda de equipamentos para empresa de petróleo e seu marido Júlio Silveira, que moram há 14 anos nos Estados Unidos, dão para dizer que tiveram uma prévia com a filha Isabella de 11 anos.

“A primeira vez que ouvi falar de namorado foi quando estava no jardim de infância, aos seis anos de idade. Desde então, todos os anos letivos que se iniciam um novo namorado aparece. Mas isso é imaginação de criança. Curiosa, eu pergunto a ela como fazem para namorar: andam de mãos dadas, abraçam, dão beijinho? Quanto ao beijinho a resposta é: “Uuiii, não”!”. “O ‘namoro’ se resume a ficar um ao lado do outro e conversar”.

Mas o casal de deparou com outra situação, quando a menina fez 10 anos e conheceu um menino que tinha um relacionamento possessivo com Isabella. Segundo Lorelei, o colega estudava com sua filha e ligava para ela assim que chegava em casa, além de monitorar e controlar todos os seus passos.

Ela conversou com a menina e explicou que “meninos que ficam pegando no pé de meninas, não podem fazê-las felizes”. No dia seguinte, Isabella “terminou” o relacionamento ainda não consolidado nas bases de um namoro. Entretanto, Lorelei ressalta que ela e o marido estabelecem uma relação aberta com a filha. “Queremos que ela se sinta a vontade para conversar conosco a respeito de qualquer assunto”, finalizou.

A advogada Carla Carpstein, diz que tem uma relação tranquila com o namoro do filho Bruno Karpstein Romanelli, de 16 anos. “Ele namora há uns cinco meses uma menina que foi muito tempo amiga dele, a Clara. O namoro deles é bem tranquilo, já que ambos são bastante ocupados com atividades além da escola. Não são de sair muito e na maioria das vezes os programas é reunir o grupo de amigos na casa de alguém.

Assim, não existem grandes limites a serem estabelecidos, a não ser evitar se trancar no quarto (o que já aconteceu). É o primeiro namoro dele e considero a idade boa pra isso. Como já se conheciam há muito tempo, o fato de namorarem não atrapalhou a escola ou qualquer outra atividade. Sendo muito novos ainda, não podem sair pra baladas ou coisas do gênero. O único medo (e provavelmente de todos os pais) é uma gravidez indesejada; para isso, muita conversa com ele sobre a necessidade do uso de camisinha, sempre”, descreveu Carla.

E como a escola é o lugar preferido dos namorados adolescentes, qual a regra para esse relacionamento na instituição? As coordenadoras do ensino Médio e Fundamental do Colégio Expoente listaram as normas de namoro adotadas. “Na escola o assunto é abordado quando necessário, de forma clara, entendendo que se trata de adolescentes, que nesta fase o jovem está num processo de autoconhecimento e buscando novas descobertas e experiências. Geralmente, orientamos sobre as regras da escola, onde necessita de certos cuidados com esses relacionamentos, desde que não haja contato físico (beijos, abraços, carícias e outros) que possam constranger os demais alunos, pois atendemos todos os níveis de ensino.”

E agora pais, preparados?