quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Ainda sobre joio e trigo


Preciso registrar. Cabeça juiz, bunda de bebê e edição, você nunca sabe que bosta vai sair. E a máxima continua...editor separa o joio do trigo e publica o joio. E ainda mais, quando você acha que fez uma puta matéria, prepare-se para o balde de água fria, o escracho e quando você sabe que fez uma materinha meia-boca, eles amam. Vá entender!

sábado, 16 de janeiro de 2010

FRUSTRAÇÃO

Bom, minha frustração começa em não conseguir baixar a foto para fazer o post. Inúmeras tentativas, de modo diferente, respirando fundo, mas o resultado: frustrante. Então, tenho a convicção que o tema será muito bem tratado.
A frustração é algo adquirido pelo excesso de expectativa? Por um ataque de auto-confiança exacerbado? Por um conjunto de sentimentos que mesclam ansiedade, esperança e positivismo? Acho que nem sempre.
Tudo isso é gerado porque cada um pensa de um modo, se comunica de outro e entende diferente a "mesma" mensagem. Como jornalista, tenho esse karma. A pauta é X, o entrevistado é Y, a matéria é Z e o leitor interpreta X'y'z', quando entende.
Embora tenha 15 anos de estrada, ainda não me conformo com certas coisas. Acho isso bom, não ser conformista, move, muda, faz crescer. Mas investi de tanta energia para produção de uma matéria, consegui entrevista com o bam, bam, bam da área, peguei exemplos diferentes sobre o assunto, na tentativa, ao menos, de abastecer o leitor de informações variadas, opiniões contraditórias, experiências das mais simples até as sofisticadas, mas o que aconteceu? Balde de água fria. Editor ou projeto disso simplesmente falou, melhor, mandou falar quer detestou uma das matérias. Detestou. Sabe a musiquinha de fundo "nhom, nhom, nhom". Eu me empolguei, fiz algo revista mesmo, escrevi tubos, mas querem uma coisa bem convencional, chata, sem sal, guia e ... isso me frustrou de uma maneira que perdi o tesão. E quando isso acontece, tudo é a fórceps, doloroso, sem tempero, um nojo!
Conseguir administrar esse sentimento e ainda trabalhar, ai! isso me custa, e muito. Vai ficar ruim, mas aí, é bem capaz que os editores gostem. Afinal, como diz o ditado jornalístico "editor é aquele que separa o joio do trigo e publica o joio". Boa-sorte leitores!
Em tempo: consegui postar a foto agora no fim do post, sinal de que as coisas podem mudar...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Restrições sobre praia


Juro que já gostei mais de praia. Tinha até em mente o Projeto Garapa, ou seja, dar um chute na vida urbana e morar no litoral. Não aqui no Paraná, mas com 17 anos pesquisei uma tal Ilha das Flores, no Sudeste do país. Descobri mais tarde que se tratava de um lugar mega poluído. Aliás, tentei localizar o tal lugar enquanto escrevia o post e nem o Google achou. Bem, se quando era adolescente a ilha já estava condenada, seria um milagre que ainda existisse!
Mas o ponto não é esse. E sim minhas atuais restrições às questões praia. Confesso, tenho nojo de areia, alergia ao mar e não como, desde a minha gravidez nada que venha do mar. Não tenho ideia como isso aconteceu, mas eu gosto do visual, da brisa, da poesia praia, mas esse negócio de bronzeado, biquini, baldinho, guardo-sol, cadeiras é cansativo, imundo e me estressa.
Sou urbana, mas sonho com quintal. Gosto do mar, mas não vivo sem internet e celular. Mas com criança vou fazer o quê? O negócio é frequentar apenas um turno, o da manhã!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Quando eu era ruiva


Essa foto é de junho de 2004. No quintal da casa de minha mãe, quando provavelmente, se realizava um daqueles churrascos homéricos, onde carne era coadjuvante. O que nos interessava mesmo eram as bebidas, falar besteiras e fumar uma carteira de cigarros.
Eu adotei o visual super ruiva, ativar! Sempre adorei cabelos vermelhos, aliás, adoro essa cor, até em sapatos. Gastava duas caixas de tintura creme Koleston vermelhos especiais, uma nota. Cabelos volumosos, nem tão crespos ou lisos, mega compridos, gastava os tubos com xampu e condicionador. Hoje radicalizei, mas isso é assunto para outro post.
Nessa época eu e o Kako éramos namorados, fazia quase seis anos. Quatro meses depois, resolvemos morar juntos. E ainda continuamos juntos. Desse tempo para cá, graças a Deus, muita coisa mudou. Aproximadamente dois meses depois dessa foto, comecei a tabalhar como assessora de imprensa do Governo. E talvez, tenha sido nesse churrasco, que um amigo do meu irmão comentou que precisavam de uma jornalista na Secretaria da Justiça, mas eu não "iria trabalhar para o Governo". Então respondi que: "criança, cachorro e desempregado não tem querer". Como tinha que ser, foi.
Peguei o e-mail dele. No dia seguinte mandei meu currículo para o endereço eletrônico. Ele recebeu e entregou para a chefe dele. Ela leu e gostou e passou para o chefão. Este, também gostou e mandou me chamar. Deu certo e estou assessorando há exatos 5 anos e 5 meses. Estou de férias há 48 horas e hoje ouço do superior "você ainda está em férias Ronise?" "Sim, mas pode falar, não tem problema". Ah, se não fossem as redes sociais para me desabafar!

Jack, ele não manda em mim


O Jack do Lost pode até mandar nos babacas perdidos, mas ele não manda em mim!
E tenho dito!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Sonhos na Biblioteca


Hoje passei ao lado e em frente a Biblioteca Pública do Paraná. Fui tomada de uma nostalgia, das lembranças de um tempo e de uma Ronise, que a vida adulta apagou, ou pelo menos, anestesiou. Meus passos ficaram mais lentos, meus olhos vislubraram o prédio de 150 anos, que na minha adolescência, abrigou meus sonhos.
Naquelas salas, vivi minha fase esotérica, procurando livros da iniciação Wicca, em outras alas, descobri Edgar Allan Poe, Umberto Eco, li muito Vinícius, Drummond e entrevistei Ligya Fagundes Telles. Eu ainda era estudante de Jornalismo e produzia matéria para um concurso de um jornalzinho acadêmico, de melhor reportagem. Escolhi como tema, literatura. Em frente a BPP, conversava com um amigo, estudante de Letras da PUC, que sabia tudo sobre Ignacio de Loyola Brandão, outro escritor que seria entrevistado pela aprendiz de jornalista. De repente, aparece ela, Lygia, dá uma palestra e eu com meu gravadorzinho assisto ao teretetê da escritora, uma senhora fidalga, distante, classuda. Afoita, me aproximo e peço a entrevista. Ela me olha soberba e dispara "qual seu signo?". Desarmada digo "Áries". Ela ri e se abre "Eu também sou ariana, adoro a loucura e desata a falar", a entrevista foi maravilhosa e nem preciso dizer que ganhei o prêmio de melhor reportagem, feita com outra colega, cujos créditos prefiro não comentar. Ela queria o troféu, eu, a missão!
Mas, voltando a Biblioteca Pública, senti que os melhores e mais ardentes sonhos eu tive nesse lugar. Imaginava se realmente seria jornalista e se fosse, seria competente? Queria muito fazer parte desse mundo, de ter o domínio da escrita, vencer minha timidez, superar os entraves gramaticais da Língua e por fim, sentir a delícia interna, de quem acredita em si mesmo.
Hoje, andando em frente e ao lado da Biblioteca Pública do Paraná, voltei a sonhar.

CORAÇÃO DE MÃE


Ele está apertado, me causando angústia, ansiedade, mas juro que resisto! Guenta coração! São 13 horas, estou atrasada para o compromisso que assumi, estou há três horas na cidade, e liguei uma vez para saber como está minha filha. Alice, de 2 anos e 4 meses, ficou com o pai no litoral. Vim a trabalho, um freela, preciso.
Já estive outras vezes longe de Alice, outras três vezes, em viagem de até três dias, mas ela era menor. Agora somos cúmplices, temos nossos códigos, entendemos nossas manias e até sabemos resolver nossos conflitos.
Mas ela precisa se libertar de mim (ui!) e eu dela (ai!), no bom sentido desta palavra, liberdade. Cordão umbilical de mãe e filhos na verdade nunca se rompe, sempre resta uma linha pontilhada.