quinta-feira, 22 de novembro de 2012

TED é o ursinho que vive em cada homem Peter Pan


Assisti TED envolvida pela polêmica lançada pelo Protógenes Queiroz que sugeriu a ideia de censurar a película, uma vez que se confundiu sobre o tema do filme, e levou seu filho de 11 anos para ver um adulto e um ursinho consumindo drogas e falando palavrões exageradamente.
Well, TED não é apenas um filme de ursinho "iluminado" que fuma maconha. Para mim, que assisti o filme sem qualquer pretensão ou esperando algo extraordinário, consegui interpretar as entrelinhas da mensagem da alma masculina: TED é o Peterpanzinho que habita nos homens que se recusam a crescer!

Num primeiro momento, e não quero aqui dar spoiler, parece um conto de fadas do pequeno John, interpretado por Mark Wahlberg, que não faz diferença, renegado na infância pelos amigos da rua. Ele ganha o urso que o acompanha até os 35 anos. Imagina amiga! Namorado de 35 anos com ursinho de pelúcia. Ai reside o detalhe, embora TED seja descolado e também tenha crescido, a aberraçãozinha é o alterego de John. Arrotam, peidam e fazem aquelas brincadeiras 5ª série for ever! Porém,....TED tem free pass porque é um urso de pelúcia!!!

Nem todos os homens são assim, reconheço, há outros que parecem velhos de 180 anos e ainda nem chegaram ao 4.0; contudo, o que percebi em TED é que o urso junkie dá um alerta, "moço, já faz tempo que você é escroto, até quando?"

E a namorada Lori, mornamente interpretada pela mui bonita Mila Kunis, não chega a ser uma heroína. Ela faz a linha dá um toque, mas perdoa (ai como conheço esse filme!)

A pergunta no fim das contas é: Deputado Protógenes, será que na verdade o que rolou foi um exame de consciência e autorreconhecimento em seu TED interior? Para variar, ele foi mais um que culpou o ursinho.

sábado, 10 de novembro de 2012

3 anos sem Rosa

Hoje retorno ao ponto de exatos 3 anos atrás. Rosa estava mal. Pegamos juntas uma tremenda gripe, eu suspeitei estar com a Gripe A, porque tinha febre alta, garganta irritada, dores fortes no corpo. Ela não tinha febre. Fomos ao médico. Fiz os exames que comprovaram que eu não estava com a H1N1. Rosa não fez exames específicos, mas foi detectado um princípio de pneumonia. Dá-lhe inalações, antibióticos. Ela seguia a medicação, mas foram cinco dias desde essa consulta até o fatídico dia em que ouvi "irreversível!".

Foi o grito mais doloroso que dei em toda a minha vida. Foi o golpe mais duro que sofri até hoje. Rosa foi despetalando aos poucos. E às vezes me flagro, como não percebi? Onde ecoou o grito de socorro de minha mãe, ou ela nunca gritou?

Busquei culpados, explicações e tirei lições. A morte é isso ai. A certeza única, límpida e cruel. A gente reclama da vida, mas não quer morrer.

3 anos. Passou rápido. A data. Porque a dor, ah, a dor, essa sempre fica latente. Mas viver é isso: com dor e anestesia!

Mamis Rosa e eu grávida, em 2006.

Mais sobre minha mãe, AQUI

domingo, 4 de novembro de 2012

Caindo a ficha ou melhor, concluindo o download

Nesses tempos usar a expressão caindo a ficha, só quem está na faixa a partir dos 30 e poucos anos entenderia, então, decidi adotar algo similar e atualizado. Estou no processo de concluir o download.

Mergulhada na decupagem emocional, diante de fatos e pessoas que tentam contrariar minha tese de que a lealdade, o caráter e a sinceridade são fundamentais à existência humana, chego a pedra filosofal da verdade da maioria: isso non ecxiste. E se existe, assuma as consequências da decepção e sofrimento. Morre mais uma Pollyana.

Quando fico boquiaberta do modo como as pessoas encaram as relações, interesse puro, superficialidade, falsidade, etc, etc, etc, como se fosse a coisa mais normal, natural e instintivamente adotadas como forma de sobrevivência e "proteção", sinto um olhar de "nossa! você é desse mundo?"

Mas, estou no processo de decidir uma postura, a fim de não me tornar mais um dos zumbis do século XXI, e nem a secular Pollyana, crédula sem limites "no melhor"; o que eu quero é abstrair, essa será minha palavra mágica!