quinta-feira, 11 de março de 2010

A Arte de fofocar


Todo mundo gosta de fofocar. Uns chamam de tricô, contar um bafô ou simplesmente uns dedinhos que convidam furtivamente a falar da vida alheia. Tudo modifica, o tom de voz sussurrado, um riso malicioso e a cadeira mais próxima do "Nelson Rubens" de plantão.
Quando a fofoca é anunciada, estilo "vou falar a última do chefe". O coração acelera, todas as janelas, guias e abas do micro são fechadas, telefone desligado e atenção voltada para a bomba. "Sabia que a filha dele está saindo com o melhor amigo do pai, o cara é 25 anos mais velho, pegou a menina no colo!" E pelo jeito vai continuar pegando mais! E quanto mais tentamos parecer não estar envolvidos na fofoca, mais aparente ela é. Risinhos, cara de espanto, cara de bem-feito!
E a fofoca da maldade? Aquela com nuances de eu não queria dizer, mas estou dizendo. "Pelo amor de deus! Só eu que sei, você nem está ouvindo isso!", adverte a (o) fofoqueira (o) em questão. E abre o verbo, corrompe o segredo, a promessa com dedinhos cruzado e na verdade, é para a 10ª pessoa que está "confidenciando" a informação.
Mulheres são mais fofoqueiras? Segundo meu irmão, a maldita fama se assola sobre as fêmeas, mas a fofoca de homem é mais perigosa. De acordo com sua tese, um homem tem mais credibilidade e a fofoca passa a ser uma verdade absoluta, não tem o tom pejorativo, ao contrário da mulher. Procede? Bem provável.
E a top lista de lugares para fofocar: salão de beleza; repartição pública; redação de jornal; banheiro (o feminino eu garanto); reunião familiar e jogo de futebol dos meninos. Faltou algum?

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