segunda-feira, 16 de maio de 2011

Curitiba é a mãe e não a filha


Sobre o tititi do comportamento curitibano que faz psiu prá tudo, porque não quer ser incomodado. Curitiba é a mãe, não a filha. Sempre foi assim e a juventude protestou, ou não? Ou fez aquele protesto ao moldes curitibanos, só em redes sociais e sem nunca sequer ter colocado o nariz para fora de casa para não se expor. Tem isso hein!
Curitiba não tem carnaval. Tem shows homéricos que caem a chuva que Deus manda e os trocentos botecos, modas ou não e sempre foi assim.
Eu sou do tempo de que o Largo da Ordem era in, aliás, do tempo que in e out eram os termos mais modernos.
As patricinhas, que usavam topetes, andavam de salto 10 no LARGO DA ORDEM. Pode? Eu ia no Novak, porque era mais ligada ao pessoal do rock. Ia no China e era uma muvuca, gente prá fora, vizinho reclamando, mas sempre cheio. Ia no Circus, mais sem controle do que aquele lugar, impossível! Tinha tudo o que podia e não podia. 92 então, inenarrável, também cheio de vizinhos a chamar a polícia.
Shows, sabe onde? No Círculo Militar. Tem ideia disso?
E se nada mudou nesses quase 20 anos, é porque Curitiba é a mãe. Aquela que está cansada da labuta do dia inteiro, mau-humorada porque o cobertor não secou e falando do trânsito na fila do Mercadorama.
Não venho criticar os movimentos de fechamento de bar, espaço cultural, blá, blá, blá, mas o curitibano critica o curitibano como se não fizesse o mesmo. Vide twitter. Reclamam que o vizinho tá tocando sax as 10 da manhã, que tá fazendo um barulhão a buzina do passeio ciclístico, é uma mãe ranzinza sempre. Muda o reclamante. Isso porque a mãe sempre tem razão né?

8 comentários:

  1. cheguei a esse post por um RT no twitter, pensando que o assunto tratado fosse esse mesmo. ponto. mas, acho que curitibano que fala de curitibano só reproduz a péssima imagem dos moradores dessa cidade tão legal. mas, você tem razão numa coisa, de que os protestos são feitos por meia dúzia e os demais, ficam no conforto do seu lar ditando as regras.

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  3. É isso ai! Todo mundo só reclama em mesa de boteco, nas redes sociais e nos blogs. Não hora de colocar a mão na massa somem os manifestantes, por isso Curitiba é o que é.

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  4. Eu não sei, eu gosto de Curitiba!! E tenho uma teoria sobre os curitibanos: TODOS ficam super-simpáticos nos bares após às 2h, é incrível! hahaha
    Bjo!

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  5. Sou da opinião que os CUritibanos, principalmente os homens, são todos uns encolhidos. E tbem acho que, Curitiba não é a mãe é AVÓ.

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  6. hahaha... é a "avó" foi boa... olha, se parasse de fazer tanto frio, já tava ótimo...

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  7. Eu morei em Curitiba até os 12 anos de idade... passei a melhor infância que alguém poderia ter.
    Aì comecei a pegar o gosto em fazer doces, doces, doces... e nunca mais parei : ))
    Os curitibanos tem sim suas idiossincrasias. Mas eu sinto muita saudades daí. É uma cidade sui-generis.
    E eu e meus irmãos temos amigos verdadeiros aí até hoje!!

    Beijos!!
    Lena

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  8. Bem legal este texto.
    E Ctba só consegue ficar legal no boteco mesmo, é uma cidade onde beber é a legitima defesa. Meu marido não é daqui,está entrando em depressão. Pq quem nasce e vive aqui, aprende a se defender, sabe como lidar com as coisas. Mas quem não é, sofre.Eu tbm passei minha adolescencia nestes lugares,e nada mudou(a não ser os bares, e só alguns), passo atualmente pelo largo e me vejo na carinha daqueles adolescentes na frente do hangar.Daqui a pouco eles tbm farão parte do sistema tão reprovado por todos os jovens.
    Suspiro de nostalgia...

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