segunda-feira, 22 de julho de 2013

Irmão, a relação mais "pura" que existe


Da esquerda para direita: Mireille, Ronise, pai e Juba

Há muito queria escrever essa história, mas não sabia de quê forma e em qual ocasião. Mas agora, com sentimentos vindo à tona de forma natural e sincera, acho que ela terá seu propósito.
A relação entre irmãos. Assunto bíblico, cinematográfico e de questão filosófica como aquela "mais que um amigo, um irmão; mais que um irmão, um amigo".

É um laço forte, complicado, imperfeito, mas absolutamente imprescindível. É da irmandade, mesmo com todas as diferenças, que compreendemos como é a sociedade, o mundo: saber conviver com diferenças. Isso é política!

Entretanto, não quero dispersar o foco, que foi quando tomei emprestada a versão sobre o que é ser irmão, ouvindo a conversa de um grupo de amigos num restaurante.
Uma mulher reclamava de não ter irmãos, para dividir com ela a tarefa de cuidar dos pais, ambos idosos e doentes. "Se tivesse um irmão, uma irmã, a gente poderia fazer um rodízio. Estou esgotada, trabalhar, cuidar dos filhos e dar assistência aos meus pais, que estão totalmente dependentes de mim". Um senhor, de voz pausada e com jeito sábio, cruzou as mãos perto do queixo e começou a tese: "Irmão é a única relação pura que temos, sabia?" - todos na mesa fizeram um ar de "não". E continuou, "Marido e mulher são dois desconhecidos que se unem, mas não tem nenhum elo sanguíneo legítimo; pais e filhos tem apenas parte da herança, porque é resultado da mistura homem e mulher, mas, irmãos, são do mesmo pai e da mesma mãe, por suas veias corre o mesmo sangue de origem. Já notaram que a maioria de casos de compatibilidade para transplantes são de irmãos?".

Essa história sempre me fez pensar sobre a importância do irmão, e mesmo se toda essa tese da compatibilidade ou pureza do sangue não seja tão perfeita como o senhor contou ao seu grupo, o que me faz pensar é o quanto damos importância ou realmente relevamos as atitudes de nossos irmãos. Óbvio, não dá para determinar e obrigar a você sentir por seu irmão, o que talvez você sinta por um amigo, porém, será que o grau de intolerância ao nosso sangue não é infinitamente maior?

Juarez e Mireille. Meus irmãos mais novos. Com o Juba sempre tive um relacionamento naturalmente mais fácil, no sentido de nossa maneira de se portar, gostos, a empatia. Mireille, relação de fases. Boas e conflituosas. Mas sempre foi definida. A época das nights, de quando ela me cuidou quando quase morri no meu acidente automobilístico, do nascimento dos filhos, da perda da mãe e de agora, quando mais velhas, equalizamos o que somos.
E ainda, a relação Mireille e Juba!

Juba e Mireille, nossos laços precisam sempre ser mantidos com o respeito devido, a distância segura, a proximidade calorosa, porque somos fortes com o sangue que nos une, da mãe e do pai, esse cara nosso amigo e meio irmão! Beijos e amor!

3 comentários:

  1. não tenho laço sanguíneo com as minhas irmas... e temos uma relação pura. o que nos une é o laço familiar bem construído e nada frouxo.

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  2. Eu só tenho irmãs.Gostaria de muito de ter um irmão,faz falta.Com as irmãs aprendi a desenvolver a sensibilidade feminina e o afeto próprio das mulheres...

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  3. E de novo esquece de quem cuidou de ti nas PIORES NOITES da sua vida, tsc tsc tsc.

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