domingo, 28 de março de 2010

CU-RI-TI-BA!


Falou em Curitiba, logo me vem a mente a Universidade Federal do Paraná, e agora, morando bem pertinho desse cartão-postal da cidade, sinto o símbolo quase agregado a mim. Dia 29, amanhã, Cu-ri-ti-ba completa seus 317 aninhos, e estou aqui, vivo aqui mais de 50% da minha vida, apesar de ter morado em várias cidades até meus 11 anos.
Minha mãe era catarinense de Itajaí, mas adotou a capital das araucárias como sua verdadeira terra natal. Meu pai, gaúcho de Soledade gosta daqui, mas é apaixonado pelo Rio Grande. Meus irmãos, Mireille e Juba, assim como eu somos curitibanos, moramos aqui, temos amigos, histórias e marcas por essas bandas.
Houve uma época que eu tinha vergonha de ser curitibana, por achar a cidade rançosa, e dizia ser paulista, absurdos de uma mente jovem bipolar. Dai percebi que amigos nascidos em cidadezinhas quase inimagináveis do mapa, reconhecendo a limitação do lugar onde nasceram, não tinham problemas em revelar sua origem. Vergonha, mas era tarde demais e sustentei por um tempo minha pseudo identidade paulistana. Passado.
Por muitas vezes fui uma crítica feroz dos maneirismos curitibanos, ou curitibocas, modo pejorativo ao se referir aos nativos, mas aqui, como em qualquer lugar que se preze, tem coisas boas, ruins, que gostamos ou não. A Rede Globo e suas novelas é que nos fazem acreditar que só Rio-São Paulo tem coisas e pessoas modelos.
ABRANCHES - bairro distante a 6 km do centro de Curitiba, adotado pela minha família há 40 anos. Colonizado por poloneses o Abranches é bem familiar e meu irmão é o legítimo "abranchino". Joga futebol com a molecada e os garotos de 50. Frequentador do Casa Velha, hoje também transformado em baladinha, de alguns saraus do Abranchão e das casas de todos os polacos tradicionais do bairro.
Na Igreja de Sant'Ana fiz minha formatura de 8a. série, meus irmãos fizeram 1a Comunhão e rezamos a missa de mamãe. No Colégio São José estudamos. No Parque São Lourenço fiz caminhadas, corrida e joguei volei. E lá, que pelo menos uma vez por semana, mato saudades de muito que vivi, na casa da família, com jardim e quintal cheio de árvores frutíferas.
CENTRO - É aqui que me realizo. Sempre gostei desses prédios cinzas, desse caos urbano, só tento suportar o trânsito e o clima. A emblemática Rua XV, me faz totalmente curitibana. Adoro a muvuca do sábado, amava a confeitaria e galeria Schaffer. Sonhei em morar no Tijucas, mas hoje não. Os doces da confeitaria da Família já foram melhores, os personagens também: o carinha que tocava órgão, o homem que assoviava La vie rose na folha, o maluco dando pauladas no gato imaginário, a D. Borboleta 13, os andinos tocando El Condor Pasa, um lunático gritando "na época do Banestado, esse Governo", além dos tradicionais Oil Man, homem-miniatura e mulher papelão, entre outros, muitos outros...
De tudo e de todos de CU-RI-TI-BA, beijos a curitibanalha da época do Lá no Pasquale, do Passeio Público, com Marlene e suas filhas. Ao Novak, antigo açougue Francês, no Largo da Ordem, onde curti meu heavy metal com Gipsy Dream. Aos botecos do China, Circus, Sal Grosso, Pub, Hangar, Dolores Nervosa, 92 Graus, John Bull, African Bar, antiga cantina do Estadinho, Baba Salim, Casa da Coxinha, Bar do Salim, todos os do Paulinho Zanatta, Capitu. Todas as casas da KM, as charges do Marco, os tweets da Tina, Fran, Denise e Cris. Das corridas nos parques do Bacacheri, Barigui, ciclovia centro-São Lourenço, Passeio Público e ruas do Alto da Glória. Ao caldeirão do meu Atlético Paranaense e no meu cantinho preferido: o sexto andar da Tibagi!
Mais Curitiba aqui e aqui

5 comentários:

  1. Beijos Curitibaníssimos a vc também, minha querida!

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  2. É verdade, você tem raízes no Abranches; o Abranches pra mim é um daqueles lugares bem das raízes de Curitiba...

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  3. Curitiba é uma coisa, curitibano outra e todos os conceitos são generalizados. Lugar onde é muito frio, há muita chuva e a pel é mjuito branca, o comportamento reservado de seus habitantes às vezes é mal compreendido, enquanto em regiões quentes, litorâneas, todos saem, se exibem e apresentam um comportamento tido como simpático. É isso!

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  4. CRIS - bjs curitibocas
    wAA- valeu pela dica no blog e a matéria da AEN
    KAKO - dimondi!
    ANÔNIMO - concordo!

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