quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Cabelo, cabeleira, cabeluda


Já tive cabelos, de quase todas as cores, de todos os comprimentos e sempre brigando com os crespos. Mas, esse é um velho dilema feminino: a satisfação com as madeixas, acho que só perde mesmo, com a preocupação com o peso, que insistimos em achar que sempre são três quilos a mais.
Geneticamente venho de uma família cabeluda. Volume não falta. Sobra. Nasci carequinha, para desespero de minha mãe. Ela contava que colava uma fitinha com sabão nos meus cinco fios, a La Cebolinha, e quando tirava, vinha uns fiozinhos e ela chorava. Pois bem, depois de um ano de vida, a cabeleira se mostrou uma marca. Tufos de cabelo para dar e vender, mas minha mãe, muito moderna na década de 70, fazia o modelito Twiggy, curtíssimos, semi-menino.
Depois, na fase criança grande, meio Gal e voltou a uma coisa esquisita, porque meu cabelo alisou misteriosamente. Tive franjinha, cabelos cor de mel e uma espécie de mullets.
Foi então, que, com 10 anos, morando em União da Vitória, fiz o meu primeiro corte de cabelo profissional. Num salão do cabeleireiro super hiper mega master da city, o Italianinho. Não sei se era ou não era, mas fazia o estilo. E fez um corte meio Farrah Fawcett, coisa muito in na época. Todas as meninas da escola queriam o mesmo corte e foram em comitiva no Italianinho. Resultado: só eu fiquei com o corte super chic, porque a vasta cabeleira permitia.
Fase Eva - Eva era uma cabeleireira de bairro que só sabia fazer o seguinte: tosar o cabelo da menininada, permanente nas polacas de cabelos escorridos e fazer penteados com bobes, colocando lenços de cetim multicoloridos. Ela acabou com a carreira de meu cabelo L'òreal, porque eu mereço! Nem liso, nem crespo, uma coisa meio Caçulinha sabe (argh!).
Fase mezzo a mezzo- No cursinho pré-vestibular, inventei de cortar o cabelo só de um lado e do outro, deixar comprido. Ridículo! Além da trabalheira quando o lado curto começou a crescer. Tive que cortar tudo!
Fase Lobão - Isso é para quem lembra do Lobão "vida louca vida", com aquele cabelo no olho, comprido na frente, meio curto atrás e com muito gel. E inclusive, me chamavam de Lobão, também por outros motivos. Próxima!
Fase chanel crespo - Sem muito a dizer. Durou toda a época da faculdade.
Fase tinta no cabelo - Resolvi, há 20 anos, deixar meus cabelos crescerem. Naturalmente escuros, resolvi dar uma cor. E foi do acaju até o vermelho super intenso, que curti muito, porém, como sempre tive muito volume e eram super longos, três caixas de tintura eram demais, sem contar ainda, com a manutenção do vermelho. Difícil!
E agora Ronise? Há um ano radicalizei. Nataly, uma nordestina arretada e de mão cheia para o meu cabelo. Ela acerta sempre, pode colocar uma venda nos meus olhos, a moça dá um jeito. Como contava, ano passado ela meteu a tesoura na cabeleira, fez progressiva, luzes e me deixou outra mulher. Gosto do visual, prático, bonito e que tem minha cara.
Sábado, já estou com hora marcada, ela quer ousar novamente, mas vou esperar setembro!

7 comentários:

  1. Hum...tenho problemas com cabelo. Não os tenho!

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  2. Eu só conheci a última fase e achei demais. Eu não teria pressa pra entrar em outra...

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  3. Anônimo - sei como é isso
    Caminhante - você é a gentileza humana! :)

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  4. Eu sempre tive o mesmo tipo de cabelo. Comprido! O problema é que não é nem cacheado, nem liso. Daí começo do ano passado eu radicalizei e passei a tesoura! Cortei tipo no ombro. Fiz uma progressiva e deu jeito. Uns tres meses atras fui na casa de uma amiga, arquiteta, e ela repicou todo! Ficou tão legal! Agora nunca pintei, mas pro meu niver mês que vem estou querendo radicalizar novamente! =D Beeeijo!

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  5. Demais, Ro! Quem não teve problemas com os seus cabelos, q jogue a primeira pedra!

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  6. Lálika - mude sempre é bom, mas quando você está em alto astral. Esse negócio de mudança de visual na deprê só dá cagada!
    Aline - teu cabelo é bom: curto, médio ou longo se ajeita fácil!

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  7. Quéris, só hojee parei pra ler teu texto. Ó céus, nós e nossos cabelos. Dava tudo pra ter cabelo encaracolado e não as madeixas lisérrimas que sempre tive, daquelas que nãi seguram um grampo ou fivela. Enfim, nenhuma de nós está feliz com o que a natureza deu. Hoje, ando mais em paz com meu cabelo. Guerrear com ele foi pior.

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